15.12.05

Fulgurâncias



Fico sempre subjugado pela inteligência, ousadia e sentido do risco que os empresários portugueses revelam cada vez que propoem soluções para melhorar a competividade do país.

Desta vez foi Filipe Botton - um empresário que, apesar de ter lugar cativo nos media, ninguém sabe ao certo o que faz - a sugerir que o imposto sobre os lucros seja pura e simplesmente eliminado como forma de estimular o investimento.

Como é que nunca ninguém se tinha lembrado disso? E porque é que o Governo perde o seu tempo a dar ouvidos a estes tipos?

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este tipo também apoia o Cavaco!

10:26 da tarde  
Blogger MFerrer said...

Um "Empresário" é um ser acima de qualquer interrogação. Não se sabe de onde surge, para que surge, do que vive ou onde habita.
É um ser que reside no éter e nos feixes hertezianos da TV.
E, tal como os cometas que se nos mostram nos céus, depois vão-se embora para não se sabe onde rodeados de uma nuvem que nos impede de continuarmos a vê-los.
Daí que a pergunta é de retórica pura.
Menos pura será a origem - neste caso - não celestial, do presado empresário, e das suas opiniões libertárias.
Isto o ideal mesmo era não haver nem Constituição nem Tribunais. Tudo se resumiria a umas tantas famílias de senhores e, o que sobrasse, passaria à categoria de racaille, qualquer que fosse a sua cor ou credo religioso.
E tal como na América, tudo devidamente acompanhado de milhares de organizações de segurança, de escutas telefónicas e de prisões tão grandes e tão longínquas quanto necessário.
E se entretanto fosse necessário proceder a algumas limpezas étnicas, que diabo!, já têm especialistas na matéria em diversos domínios, incluindo o químico e o nuclear!

12:02 da manhã  
Blogger Bart Simpson said...

este rapaz é giro. e brilhante economista das suas poupanças...( e o teso que se f*)

2:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

esta gente não tem vergonha.

O teste de ferro desta escumalha é, sem margem para dúvidas, o Cavaco.

Já sabem, se Cavaco ganhar, será este tipo de gente que o vai assessorar. Depois não digam que ninguém avisou.

10:48 da tarde  
Blogger José Pires F. said...

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar
irritado algumas vezes, mas não
esqueço de que minha vida é a maior
empresa do mundo. E que posso evitar que
ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões
e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar autor da própria
história. É atravessar desertos fora de si, mas ser
capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma. É agradecer a Deus
a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem
para ouvir um “não”. É ter
segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...”

Fernando Pessoa.


Feliz Natal.

5:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

No DN de hoje:

O Ministério Público suspeita que Paulo Portas possa ter microfilmado, antes da mudança de Governo em Março deste ano, os arquivos do Ministério da Defesa, nos quais podem estar documentos confidenciais ou classificados como Segredo de Estado.
Os indícios resultam das escutas telefónicas realizadas no âmbito do processo Portucale, que incide sobre alegadas práticas de tráfico de influências na aprovação de um empreendimento turístico do Grupo Espírito Santo (GES).
No decurso do interrogatório a Abel Pinheiro, o juiz Carlos Alexandre trouxe à colação as microfilmagens aos arquivos dos ministérios tutelados por Paulo Portas, Luís Nobre Guedes e Telmo Correia.
De imediato, o advogado José António Barreiros, que representa Abel Pinheiro, considerou que a eventual microfilmagem não constituía crime, até porque a recolha de documentos foi paga pelos próprios, que contrataram uma empresa para proceder à microfilmagem.

6:09 da tarde  

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